22 de jun. de 2022

Entrevista com Roahn Hylton e Jacob Yoffee, compositores da série.

O site The Movie Culture postou uma entrevista com os compositores das músicas de Vampire Academy, e você pode conferir a tradução abaixo: 

Roahn Hylton & Jacob Yoffee trabalharam juntos em vários projetos para gravadoras, filme, televisão e publicidade. Muitas vezes fundindo pop, hip-hop e trilha sonora, eles criaram trilhas sonoras para vários projetos musicais. Atualmente, eles estão gravando ‘The Wonder Years’ na ABC para os produtores executivos Saladin K. Patterson e Lee Daniels, e a série ‘Vampire Academy’ que está por vir, criada/produzida por Julie Plec na NBCUniversal.

E: Okay, então me deixe começar perguntando como vocês acabaram trabalhando na faixa-título de ‘The Wonder Years’? Como isso começou?

Jacob Yoffee: curiosamente, na verdade começou como apenas uma sugestão de gravação. Nós originalmente escrevemos ideias para a produção, tipo, vamos escrever algumas músicas que estão no universo do programa. E nós estávamos no meio de uma gravação da banda e Roahn virou-se para mim e disse: “Cara, essa poderia ser a música da faixa-título. Mas temos que acelerar o ritmo, tem que ser mais rápido.” E eu acho que eu estava argumentando com Roahn. Eu estava tipo, “Não, está bom como está”, e ele está tipo, “Não”. E então nós fizemos a banda parar. E testamos gravar em alguns tempos diferentes.

E então nós trouxemos uns amigos vocalistas, você sabe, pessoas que estiveram trabalhando com Roahn por anos e anos. E eu acho que o primeiro foi Scotty Grand. Ele veio para o estúdio algumas vezes, e nós estávamos apenas todos no mesmo lugar. Nós estávamos dando ideias, falando sobre a letra, Scotty entrou na cabine e começou com riffs e improvisações, e começou a adicionar camadas. E então Roahn começou a cortar as coisas e encaixar algumas peças. Depois disso nós gravamos trompas, colocamos por cima. E nesse álbum, espero não estar esquecendo nenhum elemento, mas meio que veio tudo junto. Foi como a sensação de você fazer sua primeira música, quando a animação está muito alta.

Eu me lembro, enquanto nós estávamos gravando, eu estava tipo pulando no estúdio enquanto Scotty estava gravando o vocal. Você sabe, era apenas muita energia positiva. Eu acho que nós fizemos tipo três ou quatro outras músicas também. Mas essa tinha aquele sentimento.

Roahn Hylton: Sim, foi doido. Porque eu me lembro do Jacob me dizendo, tocando um pedaço da música, ele estava tipo, “Cara, isso é incrível”. E você sabe, quando gravamos nós temos um negócio de fazer um monte de música e nós buscamos as melhores partes da música que funcionam. Scotty veio primeiro, como Jacob disse, porque Scotty tem sido um grande colaborador. E, como você sabe, eles trabalharam conosco em algumas outras peças para o programa.

Nós tivemos outros amigos, tipo Lucky Daye. Ele acabou de ganhar o Grammy para Álbum do ano de R&B esse ano. Parabéns para ele. E Ilsey Juber, ela escreve para Beyonce e muitos outros. E J Angel escreveu para Rihanna, todos bons amigos. E nós escrevemos materiais ótimos. É doido no fim. Saladin estava tipo, “Caras, essa é a primeira”.

E, para ser honesto com você, enquanto estávamos criando, especialmente pela música original ser icônica, nós não queríamos pensar sobre o fato de ser icônica e escrita pelos Beatles e performada pela lenda, Joe Cocker. Tipo, a gente não queria pensar nisso. Nós só queríamos ir para o estúdio e ter o melhor momento que poderíamos ter e fazer uma música desse lugar. E foi assim que a faixa-título veio.

E: Então vocês não apenas compuseram, mas escreveram a letra também. Como foi o processo de colocar tudo junto? Entre compor e escrever a letra, qual foi mais fácil e qual foi mais difícil?

Roahn Hylton: Oh, eu acho que empata. É um esforço contínuo da equipe, como o Jacob estava dizendo. A maneira que nós normalmente fazemos isso, nós só estávamos todos juntos e tocando a música de novo e de novo. Foi bom que nós tínhamos Scotty Grand que pôde cantar incrivelmente e fazer soar como se nossas ideias fossem realmente boas. Porque, se fosse eu ou o Jacob lá, você sabe, poderia não ter sido tão bom.

Jacob Yoffee: Eu me lembro que um desafio que tivemos foi ter uma parte da letra alterada. É muito fácil em uma situação assim, você tem as séries originais e você também tem o fato de que o programa se passa no passado. Mas, veja, ai está a pegadinha, porque nós estamos vivendo isso agora e o showrunner, que é brilhante, inteligentemente nos disse que nosso caminho original era reflexivo. Estava olhando para trás.

Então nós tivemos que mudar as coisas para o presente. Nós tivemos que mudar as coisas para soarem como se estivessem no presente, como se fosse atemporal. The Wonder Years é para todos. Então quando mudamos o tempo e mudamos algumas linhas, isso meio que cristalizou. Pareceu que, tipo – Oh, uau, isso parece urgente agora. Isso poderia ser aplicável a qualquer um, em qualquer lugar, a qualquer momento. O que eu acho que é o ponto principal do programa, é sobre essa família, mas o tom, a história e tudo nós podemos nos identificar.

Rohan Hylton: Uma última coisa, tem uma frase famosa que diz que grandes músicas não são escritas, elas são reescritas. E eu acho que é esse o caso aqui.

E: Tem muita pesquisa envolvida em escrever e compor músicas para uma série ou um programa, vocês têm que olhar o enredo e os personagens?

Roahn Hylton: Sim, eu diria que sim. Mas você também não quer pensar demais. Você sabe, eu acho que você não quer ser tão preciso. Eu acho que é por isso que nós somos capazes de fazer isso certo, porque nós não queremos, você sabe, ter uma letra tipo – ‘esta é uma história de amadurecimento’. Você quer que isso se pareça com o que o programa é, não que seja o que o programa é. Eu quero dizer, tem que dar espaço para o que o programa é. E eu acho que nós conseguimos isso. E não que nós não pesquisamos, você sabe, nós queremos saber o que está acontecendo, nós queremos saber com o que se parece, sentir as imagens e a energia. Mas no que diz respeito ao título principal, eu diria que não queríamos pensar demais.

Jacob Yoffee: É, nós acabamos fazendo um monte de músicas para os programas em que estamos trabalhando. E você começa a perceber que são faixas parecidas. Sabe, especialmente as letras, se você está sendo muito literal, meio que mata a energia. Chama muito a atenção. E o que é muito interessante para mim, pessoalmente, é que eu não escuto a letra logo de cara. É preciso ouvir algumas vezes antes do meu cérebro prestar atenção. Eu escuto os acordes e a melodia, mas o Roahn escuta as letras logo de cara.

Então nós estamos trabalhando em uma ideia e ele está tipo, “Essa letra não funciona”, e eu estou tipo “Espera, o que? Não, soa bem”, e ele tipo, “Essa letra não funciona”. Então isso me faz perceber como as pessoas podem ser diferentes e o quanto a letra deve estar meio que ao lado do que está acontecendo, mas não diretamente em cima ou como explicar o que você está vendo.

O equivalente a isso seria tipo Mickey Mouse-ing. Já ouviu esse termo? Quando a música do filme narra o acontecido, como nos velhos desenhos do Mickey Mouse e Looney Tunes, sempre que algo se movia você faria um *imita o ruído de fundo dos desenhos animados*. É, tipo, literalmente, você está Mickey Mouse-ing o movimento da pessoa na tela. Essa é a última coisa que você quer fazer, o mesmo aqui com as músicas.

E: Se você tivesse que resumir o tema geral ou o significado da música ‘All I Know’ in uma palavra, qual seria e por que?

Roahn Hylton: Eu diria Família, porque é isso que a gente queria que a música transmitisse, certo? Isso é uma família. Tudo o que eu sei é que vamos permanecer juntos não importa o que vá acontecer. Sabe, amor é difícil, guerra é fácil, mas tudo o que eu sei é que vamos ficar para sempre juntos.

Jacob Yoffee: Eu gosto mais da resposta do Roahn do que da minha. Eu escolheria Coração, porque nós queríamos alcançar vocês no coração. Mas o dele é muito mais pungente. E, é, eu gosto disso. Vamos ficar com Família, é isso.

E: Como você disse, com o programa ‘The Wonder Years’ original de 1988, a música tema original era bem popular, também dado ao fato de que era uma música dos Beatles. Então, enquanto trabalhavam com isso, vocês encararam algum tipo de intimidação ou receio?

Roahn Hylton: Sim, como eu disse antes, essa é uma coisa da qual todos falam, certo? A única coisa que todo mundo se lembra sobre ‘The Wonder Years’ é da música tema. E, de fato, a maioria das pessoas nem se lembram da letra ou se confundem com ela, mas eles sabem ‘what would you do mumble…mumble…..mumble’.

Eu escrevi várias músicas durante a minha vida e como eu disse antes, quando você tem que escrever para um artista lendário ou refazer algo que um artista lendário fez, você não pode pensar muito sobre isso. Eu apenas não quero pensar sobre Paul McCartney e John Lennon, eu quero ir lá e me sentir tão bem quanto eu posso com o material que eu estou fazendo, e ter colaborações lendárias comigo, assim podemos sustentar uns aos outros com uma energia ótima e ótimo talento, e jogar quantas ideias acharmos ótimas contra a parede até que algo aconteça.

Eu estava falando com um compositor brilhante ontem, na verdade, e ele estava dizendo que as grandes gravações ou as grandes músicas estão sempre lá, você só meio que remove todo o barulho disso, e eu pensei em como isso foi brilhante. É tipo um escultor, sabe? A estátua está lá, mas você está removendo as pedras ou qualquer que seja o material usado, disso. E eu acho que acontece a mesma coisa aqui. Eu penso com resistência quando penso sobre John Lennon, então eu prefiro não ter nenhuma resistência. Mas, sim, foi uma honra quando nós descobrimos, hey, vocês têm um trabalho. Nós estávamos, tipo, oh, nós temos que fazer algo ótimo. Esse foi o momento. Mas quando estamos no estúdio foi só tipo, deixe fluir.

E: A música também foi incorporada em um dos episódios do programa. Como foi o processo para isso?

Jacob Yoffee: Bom, o showrunner nos mostrou amor de verdade e, se você tiver assistido ao programa, fora um punhado de episódios, você só escutou dez segundos da música tema. E Saladin ele queria que a audiência tivesse mais um gostinho da música. Então ele ficcionalizou dentro do mundo do show como a música veio a ser. Então você pode ver os personagens no programa escreverem a música na câmera, eles estão sentados lada a lado no piano. Eles discutem sobre a letra e acordes.

E então você realmente pode ouvir a música ser performada, acho que por mais três episódios por cantores diferentes, em estilos diferentes. Antes do finzinho, termina meio que em uma montagem com uma mistura de ambos os pais cantando. E é muito caloroso, eu diria. E eu quero dizer, foi emocionante. Mas também isso realmente testou a nossa música tema, porque muitas vezes você cria uma música e não sabe se isso é durável, como quando você começa a puxar as cordas. Isso ainda soa como um pedaço da música? Tem uma melodia forte o suficiente? Tem um movimento de acordes forte o suficiente para ser reconhecido quando você começa a mudar muitas coisas, como instrumentos diferentes, ritmo mais lento, tudo isso.

Agradecidamente, a música funcionou. E então foi doido, porque nós tivemos que trazer o elenco para o nosso estúdio, nós estávamos trabalhando com os atores e alterando as chaves e tentando coisas diferentes. Digo, foi a emoção de uma vida, sério, só de ter a oportunidade de ter algo que nós criamos e terem nos dados o presente de um episódio com o qual trabalhar. Eu não sei com qual frequência isso ocorre. Eu nunca ouvi sobre isso antes. Mas, sim, nós estamos sentindo o carinho o tempo todo.

Roahn Hylton: É, definitivamente um grande acerto de Saladin, tamanha a honra que ele nos deu. Eu acho que uma das outras coisas que eu queria dizer é que o mais legal disso é que Saladin vem de uma família de músicos. Então ele entende o processo. E é engraçado, porque se você assistiu o episódio, você sabe que Bill e Lillian, interpretados por Dulè Hill e Saycon Sengbloh respectivamente, eles interpretam a cena bem, mas eles estão literalmente em conflito sobre a letra.

E é divertido porque a letra que eles estão em conflito traz uma das tensões do relacionamento deles, então isso ficcionaliza a música, mas também dá ao título principal um significado mais profundo, porque mesmo que eles estejam brigando, todos sabem que eles vão permanecer juntos em todas as tempestades, e esse episódio tem uma tempestade nele. Então foi muito legal do Saladin nos dar essa oportunidade de contar a história sobre o nosso título principal, e ouvir Dulè e Saycon cantando também foi fenomenal.

Tem uma outra versão. É bem legal. Nós fizemos uma bem lenta, abafada, uma versão R&B que tem esses vocais legais de fundo que Saycon arrasou fazendo, e Dulè Hill também. Foi muito divertido de fazer essa versão. E tem outra versão que acabou não entrando. Se você sabe um pouco de curiosidades, Saycon Sengbloh também co-estrelou ‘Respect’, o filme da Aretha Franklin, a história dela com Jennifer Hudson. E eu pedi para ela, eu estava tipo “Hey, Saycon. Me dê um vocal da Aretha” e ela enlouqueceu. E essa foi a versão que eu queria que usassem. E de alguma forma acabou não sendo essa. Mas com esperança algum dia nós vamos desenterrar essa peça musical como Easter egg. Mas novamente, foi divertido trabalhar nisso, eu não poderia estar mais feliz com o desenrolar.

Jacob Yoffee: Eu queria dizer que esses tipos de episódios, quando você tem performances na tela com o elenco, locações diferentes, e você tem instrumentos musicais na tela, e nós temos que preparar a música com antecedência, esses episódios podem ser um desastre e demanda muito trabalho no processo da pós, tipo reescritas e muito reajuste e eles acabam sendo meio desajeitados.

Mas esse foi completamente suave, acho que foi o processo mais rápido em que eu já estive. Porque o elenco foi muito bom. E eles fizeram a pré-produção, eles ensaiaram e acabou saindo sem problemas. Acho que no fim foi um dos nossos episódios mais fáceis, o que é doido pensar sobre. Então, é, um pouco de curiosidades para vocês.

E: Vocês dois tiveram muitas colaborações antes dessa, colaborações de sucesso. Então como foi quando trabalharam juntos pela primeira vez e como isso é diferente agora?

Roahn Hylton: Ótima pergunta, na verdade. A primeira coisa na qual trabalhamos na verdade nunca foi usada. Quando eu conheci Jacob em Israel, naquela época, eu estava trabalhando no álbum do Kendrick Lamar. E eu sei, o jazz e o fundo clássico dele seria incrível especialmente para esse álbum. E, sabe, nós só queríamos encontrar uma maneira de trabalharmos juntos. Então nós voltamos, eu foi para o estúdio dele, ele veio para o meu, e nós estávamos tentando encontrar uma maneira de colaborar. Então eu fui chamado para um filme indie. Até então, eu não tinha feito filme ainda. Mas nós meio que fizemos alguns trailers de alguns temas, trabalhamos um pouco na trilha, mas o filme acabou não saindo.

E para ser honesto, durante muito daquilo eu ainda estava no modo produtor, eu não acho que eu entendia completamente a diferença entre produzir e compor uns seis, sete anos atrás, e eu diria, na primeira série que realmente fizemos, que foi Best Shot, que foi tipo uma rota de colisão, tipo – Okay, isso é o que é e isso é o que não funciona e isso é o que funciona.

Novamente, eu fiz referência a uma ótima, ótima conversa que eu tive na última noite, nós estávamos falando sobre trabalhar para produções audiovisuais. E uma das coisas que nós estávamos falando é que produções audiovisuais literalmente lutam com você. E eu vou te dizer o que você pode fazer e o que você não pode fazer, é tipo judô, certo? Eventualmente você descobre que oh, isso funciona. E eu diria que a diferença de antes e agora é que agora eu meio que relaxo e não luto com a produção, certo? Eu diria que em todos esses anos eu e Jacob criamos uma linguagem musical juntos, sentados lado a lado.

E eu diria agora, diferente de antes, é mais direto, porque nós também podemos antecipar o que o outro vai pensar, nós conhecemos o estilo um do outro muito bem. E nós conhecemos a força um do outro e como lidar com as fraquezas um do outro. Então tem sido uma benção.

Jacob Yoffee: É, tem o benefício de ter duas cabeças. Quando falamos de objetivo e subjetivo, eu acho que é um benefício ter nós dois assistindo à cena. E você meio que tem umas inclinações naturais, tipo – oh, o ritmo, isso deveria ser uma grande peça de música ou deveria ser sutil? Quanto deveríamos pesar a mão nisso? Tipo, precisamos acelera o ritmo? E nós dois nos sentiremos diferente sobre isso, o que é ótimo, porque então tentamos as duas maneiras.

E então, algumas vezes um de nós é mais relutante. E ai meio que temos que vender isso um para o outro. Então, o que quer que seja que tenhamos que vender para os produtores, nós dois acreditamos nisso. E meio que já passamos pelo primeiro teste de ter alguém julgando isso. Nós estávamos trabalhando em algo ontem e enviamos e então recebemos uma nota de volta, era algo que Roahn tinha dito não, e eu estava tipo – Não, isso está bom.

Acabou que não estava bom. E Roahn estava certo. Então nós tomamos a nota e arrumamos isso. Mas isso é ótimo, e também mantêm a energia. Nós aprendemos muito trabalhando juntos. E nós temos seis, sete anos com as músicas que criamos, então nós podemos usar de referência nossos próprios trabalhos. É tipo – lembra quando você fez isso, lembra quando isso aconteceu, onde fizemos isso. E isso nos ajuda meio que a construir em cima do que já criamos. Então, sim, eu sou fã do processo de dupla, acho que seria muito difícil voltar a trabalhar solo novamente.

E: Além de ‘All I Know’, de todas as suas colaborações, qual delas foi a mais memorável para vocês?

Roahn Hylton: Oh, uau. Essa, essa é a mais difícil. Você nunca esquece a sua primeira vez, eu diria isso. Nosso primeiro projeto, ‘Best Shot’, que foi um programa com o LeBron James, apenas, isso tinha muita energia. E eu acho, obviamente, muita animação e entusiasmo. Além disso, sabe, foi a minha primeira série, eu não sabia muito. E ele estava tipo, mano, estamos lidando com coisas com as quais nunca vamos lidar.

Curiosamente, porém, nós ainda lidamos com essas mesmas coisas. Mas eu diria, obviamente, The Wonder Years está atual, certo? Então eu não diria que é a mais memorável. Tem sido a mais satisfatória, certo? The Wonder Years é de longe a mais satisfatória, mas a mais memória eu diria que foi a nossa primeira, por várias razões. Obviamente, foi a nossa primeira e acabou sendo incrível.

Juntos, nós realmente levantamos a energia que estava em volta do projeto. E desde esse dia, nós ainda recebemos elogios pela mixagem selvagem e as colaborações dos sons. Foi realmente uma mistura de ritmo de jazz, hip hop e algumas peças clássicas. Foi uma musica realmente interessante. E eu acho que hoje nós não faríamos as mesmas escolhas de antes. Mas acho que é porque nós fizemos esse projeto. Agora estamos construindo esse tipo de esforço colaborativo.

Mas, obviamente, ‘The Wonder Years’ é um sonho se tornando realidade. Eu diria que até mesmo a forma como ‘The Wonder Years’ aconteceu desde 2020. Nós apostamos em nós mesmos em 2020, nós não sabíamos o que estava acontecendo com a indústria, no mundo. E assim fizemos um álbum. E esse álbum aconteceu de ser o mesmo som. E muito desse material foi usado nos primeiros materiais do piloto de ‘The Wonder Years’. Então isso tem um lugar especial nos nossos corações. Nós somos gratos por onde estamos e por onde estivemos.

Jacob Yoffee: E eu diria, quando você pensa sobre coisas serem memoráveis, isso é na verdade o tipo de pergunta que nos fizeram e acabou definindo quem somos mais claramente, cerca de eu acho que 2018 ou 2019. Estou perdendo a memória aqui. Mas nós estamos trabalhando em um programa chamado Free Meek sobre Meek Kills, a série do Jay Z da Amazon. Nós estávamos realmente trabalhando para criar uma fusão entre as músicas do Meek Mills, hip hop, um pouco de energia e o som da era dos direitos civis, os anos sessenta. E nós acabamos com uma música que meio que lembrava ambos.

Foi como uma fusão bem sucedida de jazz, gospel, hip hop e trilha sonora. E então eventualmente chegamos ao nome Third Stream, o nome da nossa companhia é Third Stream, que é uma referência a Miles Davis Gunther Schuller, de meados do século 20. E a história continua, eles estavam fazendo uma mistura de jazz e música clássica e isso irritou a todos, nenhuma pessoa do jazz estava feliz. Nenhuma pessoa da música clássica estava feliz. Miles Davis, na forma crua de Miles, disse algo como, nós estamos fazendo um terceiro tipo (third stream) de música que é colocar tudo junto. Então vocês não precisam se preocupar.

Essa tem sido meio que a nossa missão desde então, toda vez que trabalhamos em algo, queremos ter certeza de que estaremos sentados lado a lado fazendo música, é algo realmente novo e único, e nos forçamos a sair da nossa zona de conforto. Eu diria que Free Meek é o meu preferido, de longe o mais memorável, porque isso nos levou a definir um pouco mais claramente quem somos. O que, claro, agora levou a 'The Wonder Years', o que é incrível.

Entrevista original disponível em: https://themovieculture.com/the-wonder-years-interview-with-roahn-hylton-and-jacob-yoffee/

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